O lançamento deveria ter ocorrido na tarde sábado, 3 de setembro, mas alguns minutos antes da decolagem os engenheiros detectaram um vazamento em um engate rápido, localizado entre o lado externo e as placas laterais do foguete. Esse engate, de 8 polegadas de diâmetro, é usado para encher e drenar o hidrogênio líquido do tanque central do foguete.
Foram feitas três tentativas para estancar o vazamento, todas infrutíferas.
O vazamento ocorreu durante a fase inicial das operações de abastecimento de hidrogênio, chamada chilldown, quando os controladores de lançamento resfriam tanto as linhas de alimentação como o sistema de propulsão antes de injetar o hidrogênio líquido no tanque do foguete, a uma temperatura de 217 graus Celsius negativos. De acordo com a NASA, neste momento um comando inadvertido foi enviado ao equipamento, o que elevou temporariamente a pressão no sistema.
Embora o foguete tenha permanecido em segurança todo o tempo, ainda é muito cedo para afirmar se o aumento na pressurização do sistema contribuiu para a causa do vazamento.
Devido à complexidade da mecânica orbital envolvida no lançamento rumo à Lua, a NASA teria que lançar o Artemis I até terça-feira, 6 de setembro, como parte do atual período das janelas de lançamento. Entretanto, até a tarde de domingo os engenheiros não confirmaram se isso será possível. Além disso, a NASA também não informou se o foguete será ou não levado de volta ao enorme prédio VAB, uma espécie de hangar localizado a poucos quilômetros da plataforma de lançamento. Se isso acontecer, o mais provável é que as próximas tentativas de lançamentos não ocorram até o final de setembro ou final de outubro, quando abrem-se as novas janelas de lançamento.