Entre os instrumentos mais conhecidos que estavam vigiando Dimorphos, estavam os telescópios espaciais Hubble e James Webb, que produziram cenas coloridas de alta resolução, mesmo de objetos situados a 11 milhões de quilômetros da Terra.
Além dos gigantes Hubble e James Webb, alguns observatórios terrestres menos conhecidos, mas não menos poderosos, captaram o impacto de forma mais realista, produzindo sequencias time-lapse ainda mais impactantes.
Entre os instrumentos terrestres, o destaque ficou por conta dos telescópios do observatório ATLAS, uma parceria entre a NASA e a Universidade do Havaí que tem como objetivo produzir alertas contra asteroides que possam impactar a Terra.
As imagens produzidas por esses telescópios mostram com extrema clareza a força do impacto, registrando a ejeção de poeira e rochas arremessadas a quilômetros de altitude e posteriormente espalhadas no espaço.
Os vídeos do projeto Atlas foram feitos através de dezenas de fotos estáticas registradas durante 40 segundos cada uma, resultando em um time-lapse que cobre um total de 2 horas antes e depois do impacto.
Diferentemente do que muitos pensam, o objetivo do impacto da sonda Dart contra o asteroide Dimorphos não era o de empurrar a rocha e tira-la de sua posição no espaço. A ideia dos cientistas era produzir uma forte perturbação capaz de diminuir sua velocidade orbital em alguns segundos e consequentemente reduzir sua distância em relação a Didymos A, ao redor do qual orbita.
Antes do impacto frontal, a velocidade de translação de Dimorphos ao redor de Didymos A era de 42900 segundos. Com o impacto cinético, os cientistas esperam que a velocidade diminua em cerca de 10%, reduzindo em 15 metros a distância entre as duas rochas.