Embora sejam magníficos de serem observados aqui da Terra, a gigantesca constelação de satélites Starlink tem provocado a ira dos astrônomos, cujas observações celestes começam a ser prejudicadas pela forte reflexão solar causada pelos satélites.
Até abril de 2020, a SpaceX havia colocado no espaço 422 satélites para acesso à internet, mas já recebeu permissão para lançar cerca de 12 mil objetos, com possibilidade deste número chegar a 30 mil até 2025. Se do ponto vista de interferência eletrônica isso não é tão relevante, da perspectiva da astronomia pode ser catastrófica, devido à interferência nas observações.
Os experimentos para reduzir esse impacto visual começaram em janeiro de 2020, quando um dos 60 satélites lançados possuía um revestimento experimental para torná-lo menos reflexivo. Medições feitas por astrônomos revelaram que o "DarkSat", como foi batizado, é consideravelmente mais escuro que seus similares, mas não o suficiente para suprimir as preocupações da maioria dos astrônomos consultados.
Segundo a empresa, esses guarda-sóis são feitos de uma espuma extremamente transparente aos sinais de rádio, permitindo que observações feitas com radiotelescópios também não sejam prejudicadas pela passagem dos objetos.
A eficácia dessas medidas deve ser revelada em pouco tempo, já que os astrônomos rastrearão os satélites modificados com a esperança que os Starlinks não se destaquem excessivamente contra o céu escuro.
Por enquanto, o trem de luzes continua a passar. De dia e de noite.
Bons Céus!