O Monte Vesúvio faz parte do Arco Vulcânico da Campânia, que inclui a caldeira Campi Flegrei a oeste de Nápoles, perto de Agnano e do Monte Etna, na Sicília. O Vesúvio é um estratovulcão composto, formado por fluxos piroclásticos, fluxos de lava e fragmentos de lahars que se acumularam para formar o cone vulcânico.
Nesta cena, registrada no comprimento de onda da luz visível pelo satélite de sensoriamento remoto Landsat 8, em 22 de janeiro de 2022, podemos ver o cone do Monte Vesúvio, situado a 1281 metros de altura, rompendo as nuvens. A crista que circunda o cone é uma porção remanescente da caldeira colapsada de um vulcão mais antigo, o Monte Somma, do qual emergiu o cone atual do Vesúvio.
Viver abaixo do Vesúvio é uma conviver com o perigo. Nápoles tem uma população de 3 milhões de pessoas, 800 mil delas vivendo nas encostas do vulcão. Ao datar as lavas, os cientistas estimaram que a montanha teve oito grandes erupções nos últimos 17 mil anos, sendo que a erupção mais famosa ocorreu em 79 d.C, quando fluxos piroclásticos engoliram as cidades de Pompeia e Herculano.
Fluxo piroclástico é o nome dado à formação de nuvens superaquecidas de alta densidade de gás vulcânico, cinzas e rochas que fluem encosta abaixo a centenas de quilômetros por hora.
A erupção mais recente ocorreu em 17 de março de 1944 e destruiu a vila de San Sebastiano. Desde então, o vulcão experimentou atividade sísmica ocasional, deformação do solo e ventilação de gás da cratera.
O relato da erupção do ano 79 pela testemunha ocular Plínio, o Jovem, levou os vulcanologistas a chamar esses tipos de erupções de “Vesuvianas” ou “Plinianas”.
As catástrofes relacionadas ao Vesúvio são o motivo pelo qual a área se tornou o local do primeiro observatório vulcanológico do mundo, construído no século 19. Hoje, o Vesúvio continua sendo um dos vulcões mais monitorados e estudados do mundo.