A missão OSIRIS-REx (Origins Spectral Interpretation Resource Identification Security Regolith Explorer)foi lançada em 8 de setembro de 2016 e consiste em estudar e coletar amostras do asteroide carbonáceo 101955 Bennu. De acordo com especialistas, o material trazido pelo recoletor de amostras permitirá aos pesquisadores entender o que aconteceu antes da formação e durante a evolução do Sistema Solar, principalmente sobre os compostos orgânicos que levou à formação de vida na Terra.
Modelos orbitais mostram que Bennu possui um grande potencial de atingir a Terra, com uma série de oito impactos potenciais entre 2169 e 2199. Atualmente, 22 de maio de 2020, Bennu se localiza a 236 milhões de km da Terra.
A segunda fase, ensaio de aproximação e coleta de amostras, estava prevista para ocorrer em junho e agosto de 2020, mas foi adiada devido às restrições impostas pela pandemia. Assim, a equipe da missão decidiu esta fase para 11 de agosto, quando o OSIRIS-REx atingirá uma altitude de apenas 40 metros da superfície. A coleta das amostras está agendada para 20 de outubro.
A descida será extremamente lenta, com o objetivo de minimizar o uso dos propulsores, que podem contaminar a superfície por restos de propelente de hidrazina não utilizada. O contato com a superfície será detectado pelo uso de acelerômetros.
A operação de coleta de amostras consiste em uma série de eventos Touch-And-Go (TAG). Para isso, a sonda se aproximará da superfície de Bennu e estenderá uma espécie de braço robótico que tocará o solo por cerca de cinco segundos. Em seguida, uma carga de nitrogênio será disparada para perturbar a superfície e permitir que o mecanismo colete amostras de rocha.
A missão deixará a orbita de Bennu em meados de 2021 e retornará em 24 de setembro de 2023. Essa será a terceira missão de retorno de um asteroide, seguindo as sondas japonesas Hayabusa e Hayabusa-2.