A intensa explosão ocorreu ao redor da região ativa AR2887 às 16h00 UTC de quinta feira, 28 de outubro, e provocou forte ejeção de partículas carregadas que foram arremessadas em direção à Terra. Essas partículas ainda estão à deriva no espaço, mas de acordo com modelos de previsão de clima espacial deverão atingir nosso planeta entre a manhã de sábado (30) e tarde de domingo (31)
Diferentemente da ejeção de partículas, que levam alguns dias até chegar à Terra, o flare de raios-x atingiu o topo da atmosfera cerca de 8 minutos depois de emitido e provocou forte ionização na ionosfera. Como consequência, foram observados blecautes de radiopropagação transoceânicas, com consequente perda de comunicação em ondas curtas na área central do oceano Índico e retardo em sinais de GPS e dispositivos de geolocalização que operam em ondas decamétricas.
Modelos divulgados pelo SWPC (Centro de Previsão de Clima Espacial) da NOAA, nos EUA, mostram que a densidade da carga de partículas carregadas tem potencial suficiente para interferir em linhas de transmissão situadas em latitudes mais elevadas e podem agir sobre a altitude de satélites localizados em orbitas baixas, devido ao aumento do arrasto na alta atmosfera.
O SWPC também alertou para a possibilidade de surgimento de auroras em latitudes médias, compreendidas desde a Pensilvânia até o Oregon, nos EUA.