A responsável pela explosão solar é uma nova região ativa do tipo Beta-Gamma, batizada AR3182. Esse tipo de mancha possui um campo magnético tão complexo que é impossível se traçar qualquer linha única e contínua entre os pontos de polaridades opostas do campo magnético
Normalmente, regiões ativas de grande tamanho nesta configuração acabam por se desenvolver ainda mais, tornando-se mais complexas e apresentando configuração ainda mais poderosas do tipo Beta-Gama-Delta, que podem produzir fortes flares de raios-x que atingem facilmente a classe M ou X.
AR3182 surgiu na face visível do Sol na quinta-feira (05/jan), mas diversas imagens solares e dados coletados por telescópios espaciais já estavam observando forte atividade na face oposta da estrela na quarta-feira, inclusive com fortes emissões de raios-x classificadas na classe X.
A emissão (flare) de raios-x emitida na madrugada de sexta-feira atingiu a magnitude X1, o equivalente a um pulso de 15 gigawatts de potência instantânea, que iluminou o topo da atmosfera terrestre durante alguns segundos. A forte ionização provocou blecaute de radiopropagação sobre o oceano Pacífico e Austrália, com forte instabilidade em equipamentos de sinalização em ondas longas e em comunicações por ondas curtas abaixo de 10 mHz.
Como esta mancha solar ainda se encontra no limbo do Sol, diferentemente do pulso eletromagnético que atingiu a Terra as partículas ejetadas não chegarão a atingir o planeta. No entanto, devido à rotação do Sol AR3182 deverá se alinhar à Terra, com risco de emissões eletromagnéticas intensas atingirem a Terra nos próximos dias.