A Roscosmos confirmou nesta sexta-feira (18/agostos) que o módulo Lunar-25 atingiu a órbita da Lua às 05h57 BRT, onde deverá permanecer orbitando nosso satélite por cinco dias antes de tentar um pouso suave na segunda-feira, 21 de agosto. A índia deve pousar a Chandrayaan-3 entre 23 e 24 de agosto
De acordo com a agência russa, a Lunar-25 deve orbitar a Lua a 100 km da superfície e em seguida pousar na cratera Boguslawsky, na região do Polo Sul. Segundo a Roscosmos, a sonda deve permanecer na Lua ao menos por um ano, onde coletará amostras e analisará o rigolito lunar.
Se o pouso da Lunar-25 ocorrer como previsto, a Rússia será o primeiro país a pousar uma sonda no Polo Sul lunar, sendo que esta região também é o objetivo da missão da índia e da missão Artemis 3 da Nasa, que levará de volta os seres humanos à Lua.
O interesse das agências espaciais pela região polar da Lua é a presença comprovada de água em forma de gelo em algumas de suas crateras, que estão permanentemente cobertas por sombra. Pousar nesta região significa explorar possíveis métodos de planejamento de extração desse recurso, fundamental para a colonização da Lua e trampolim para o planeta Marte
Ao pousar na Lua, o Lunar-25 se juntará à missão Chang'e 4, da China, cujo rover Yutu-2 tem estudado o outro lado da Lua desde 2019. Além disso, se a missão indiana der certo, a população lunar será aumentada para três sondas e poderá disparar já nos próximos anos.
Como se sabe, chegar à Lua é uma coisa, mas chegar inteiro é outra coisa. O pouso lunar é uma manobra extremamente traiçoeira e se algo der errado significa refazer os planos, que podem levar anos.