Vista através de imagens de satélites, grande parte de La Palma está agora totalmente irreconhecível, como revelam essas imagens registradas pelo instrumento OLI - Operational Land Imager - a bordo do satélite de sensoriamento remoto Landsat 8.
A primeira imagem foi adquirida antes da erupção, em 21 de maio de 2021, enquanto a segunda cena, que mostra a mesma área, foi obtida em 15 de dezembro de 2021, três meses após o início das atividades. Nas fotos, as casas aparecem como pequenos retângulos brancos, muitos deles são estufas usadas para cultivar bananas. Restos escuros de um antigo fluxo produzido pela erupção de 1949 corta o terço inferior de ambas as imagens.
Embora as erupções tenha praticamente cessado, os lentos fluxos de lava têm causado enormes danos às residências, infraestrutura e terras agrícolas e algumas áreas que não foram diretamente invadidas pela lava foram cobertas pelas cinzas.
De acordo com o Serviço de Gerenciamento de Emergências Copernicus, emitido em dezembro de 2021, a erupção do Cumbre Vieja destruiu pelo menos 1600 edifícios, sendo que 12 quilômetros quadrados de terra foram destruídos pela lava, incluindo pelo menos 4 quilômetros quadrados de plantações. Estimativas iniciais indicam que a erupção da Ilha causou prejuízos que chegam a mais de 1 bilhão de dólares
Após três meses de fluxos de lava vigorosos e diversas atividades explosivas, os registros sismográficos mostram que a erupção pode estar terminando. Em 14 de dezembro, geólogos do Instituto de Vulcanologia das Ilhas Canárias (INVOLCAN) notaram um declínio acentuado na atividade sísmica, além de diminuição expressiva das atividades explosivas, emissões de dióxido de enxofre e fluxos de lava.
Embora a atividade possa aumentar novamente, dez dias seguidos de inatividade deve levar as autoridades científicas locais a declarar o fim da erupção do Cumbre Vieja.