O crescimento desordenado da Grande São Paulo pode ser visto em duas imagens registradas pelos satélites Landsat, obtidas com auxílio de sensores capazes de diferenciar a floresta das áreas ocupadas.
A cena da esquerda foi obtida pelo Landsat 5 em agosto de 1986 enquanto a imagem da direita foi registrada pelo Landsat 8, em setembro de 2013, o que permitiu comparar um intervalo de tempo de 27 anos.
Em ambas as imagens, as áreas urbanas variam de bronzeado nas periferias a rosa e roxo nas áreas mais densamente construídas. A terra coberta por vegetação é verde, enquanto a terra exposta é castanha, similar às áreas urbanas. Ative a ferramenta de comparação de imagens para ver como a cidade cresceu nas últimas duas décadas.
Na imagem de 1986, São Paulo se irradiava a partir de um denso núcleo urbano, com a cidade ficando cada vez menos densa. Em 2013, a área densamente construída se espalhou para sudoeste ao longo do rio Pinheiros. A mudança mais notável, entretanto, é a expansão da periferia, onde o crescimento tem sido mais rápido. Na última década, os subúrbios paulistanos somaram 1,7 milhão de pessoas, enquanto o centro da cidade adicionou 800 mil moradores.
Através da ferramenta de comparação é possível observar o avanço das construções sobre as áreas de vegetação e fontes de água. Esse avanço aconteceu principalmente em encostas íngremes e planícies aluviais - áreas que estavam desocupadas por terem sido consideradas impróprias para a construção, mas que de forma desordenada foram invadidas.
Outra mudança notável nas imagens é a adição de um grande anel viário, batizado Rodoanel, visto na cena de 2013. Prevista para ser concluída em 2015, a rodovia adiciona um caminho necessário ao redor da cidade. Antes de sua construção, a única maneira de cruzar a região era através do centro expandido.