Embora seja uma foto de baixa resolução, a cena mostra claramente o solo lunar e metade do disco terrestre, onde podemos ver desde Istambul, na Turquia, até a Cidade do Cabo, na África do Sul.
Feita de uma distância de 380 mil km da Terra, esta foto foi feita com o objetivo de coletar informações topográficas que seriam usadas anos mais tarde no primeiro pouso na Lua.
Devido ao alto consumo de energia necessário para enviar uma foto nítida da Lua à Terra, a cena foi enviada através de um sistema conhecido como SSTV, ou Slow Scanning Television (Televisão de Varredura Lenta). Neste sistema a foto é escaneada lentamente no interior da espaçonave e cada ponto escaneado é codificado em 64 tons de cinza. Na sequencia, cada ponto é transformados em tons de áudio e enviados à Terra. Para remontar a foto, os sinais de áudio são transformados em tons de cinza através de um sistema de impressão. Esse sistema também é a base dos antigos aparelhos de fac-símile, ou FAX.
Utilizando modernas técnicas digitais, em 2008, a NASA realizou uma série de restaurações no acervo das imagens das cinco naves do programa Lunar Orbiter e conseguiu extrair dados bastante interessantes mascarados pelo ruído. O resultado foi impressionante e permitiu descobrir uma série detalhes que não estavam disponíveis nas imagens originais.
Ao todo foram restaurados mais de 1500 rolos de fita magnética, nas quais os tons de áudio eram armazenados na época.