O cometa foi descoberto pelo astrônomo amador Michael Mattiazzo, de Victoria, Austrália, quando inspecionava os dados coletados pelo telescópio solar espacial SOHO.
Ao decobrir um novo cometa nas imagens captadas pelo SOHO, em 13 de abril de 2020 Mattiazzo apontou seu telescópio ótico de 11 polegadas para o local e fez a primeira foto terrestre do cometa. Em seguida fez observações usando um binóculo 15x70, estimando em 8.1 a magnitude do visitante.
Segundo Mattiazzo, este é o oitavo cometa descoberto por ele nas imagens do SOHO.
Após a descoberta, outros astrônomos passaram a seguir o C/2020 F8. Fotos feitas através de telescópio robótico pelo italiano Ernest Guido confirmaram que o cometa é verde, tem uma longa cauda e brilha forte na magnitude 8.
Objetos com magnitude superior a 6.0 não podem ser vistos a olho nu, principalmente em cidades grandes com grande poluição luminosa. Para que seja observável, um astro precisa ter sua magnitude diminuída para cerca de 5.0, o que mais que dobra seu brilho.
Segundo Karl Battams, do Naval Research Lab e especialista em imagens do SOHO, o instrumento SWAN não foi feito para descobrir cometas, mas para pesquisar o Sistema Solar em busca de hidrogênio. "Se o SWAN registrou um cometa, significa que ele deve estar produzindo uma quantidade bastante significativa de hidrogênio, possivelmente devido à sublimação de água e gelo", explicou Battams.
No entanto, Battams não tem tanta certeza disso e duvida que o cometa mantenha sua aparência atual, possivelmente enfraquecendo em breve.
SWAN C/2020 F8 é um cometa não periódico. Seu periélio (menor distância ao Sol) ocorrerá no dia 27 de maio de 2020, quando passará a 64 milhões de quilômetros da estrela.
Neste momento, o cometa SWAN está localizado nos céus do hemisfério sul e pode ser mais bem visto por telescópios na Austrália, Nova Zelândia, sul da África e América do Sul.